O SClínico é o sistema informático desenvolvido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) para as instituições do Serviço Nacional de Saúde. A sua criação, em 2013, permitiu a agregação dos 2 sistemas previamente existentes: o Sistema de Apoio ao Médico (SAM) e o Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE).
O SClínico dispõe atualmente de duas versões, o SClínico Hospitalar que se encontra instalado em mais de 50 Centros Hospitalares, Misericórdias e Institutos e que funciona com a base de dados “Sonho”. Por sua vez, o SClínico Cuidados de Saúde Primários está presente em mais de 300 unidades funcionais, principalmente na região norte do país e funciona sob a base de dados “Sonho-CSP”. A vantagem da existência destas duas versões consiste na melhor adaptação do layout gráfico e do método de colheita de dados ao tipo de trabalho de cada profissional de saúde.
O desenvolvimento do SClínico pelo Ministério da Saúde tem como objetivo principal a uniformização do registo clínico eletrónico, de forma a normalizar a informação clínica recolhida nas várias instituições de saúde.
O SClinico dos Cuidados de Saúde Primários foi lançado no início de 2014. Integrou o SAM e o SAPE dos cuidados primários num sistema único e apresentou como principais novidades o sistema de entrada único para todos os perfis, a reformulação do layout e o redimensionamento do ecrã. Tem como finalidade o registo da informação decorrente dos vários tipos de consulta dos diferentes profissionais num único software, de forma a integrar a informação clínica de cada utente. Em 2015 foram criados os perfis para os profissionais da nutrição, serviço social e psicologia.
Neste mês de Agosto de 2016 foi lançada a versão 2.2.2 do SClínico e a principal novidade é a criação de um perfil exclusivo para TDT – área Radiologia.
É sem dúvida, uma boa notícia para todos os profissionais dos CSP, uma vez que, terão (finalmente) acesso à mesma plataforma informática utilizada pelos restantes profissionais de saúde. Ainda que, nesta primeira fase seja apenas para consulta de dados clínicos do paciente. De qualquer forma, está criada a possibilidade tecnológica de estes profissionais poderem escrever notas, referenciar e validarem os seus actos em saúde.
Este perfil de radiologia (TDT) vai ter todas as “permissões / acessos” que têm os restantes TDT como por exemplo Fisioterapia:
- Acesso ao PCE
- Documentos
- Diário
- Agendamento
- Referenciações Pendentes
Dentro do Diário da Consulta é possível também referenciar (igual aos outros TDT)
O manual encontra-se no botão Ajuda. (sendo igual aos restantes TDT)
Podem ver detalhes desta atualização aqui.
Agora a nossa opinião:
VANTAGENS:
- Não é necessário abrir agenda no sinus e marcar os doentes;
- Temos acesso a muito mais informação do histórico do paciente;
- Temos acesso aos dados clínicos da paciente e a diagnósticos prévios;
- Acesso a informação que pode dar informações acerca da pertinência do exame ou da elegibilidade do utente para o fazer;
DESVANTAGENS:
- Não é aberta agenda no Sinus, por isso não nos aparecem utentes para “consulta”;
- Não podemos introduzir informação;
- Não podemos referenciar doentes;
Todas estas desvantagens podem ser facilmente resolvidas com inscrição do TDT Radiologia no SINUS, abertura das agendas pelos administrativos e marcação respectiva dos utentes. Ou seja, a Tecnologia está criada, resta-nos a nós, profissionais, demonstrar a sua pertinência de acordo com o contexto de trabalho de cada um, nesta caso em particular nos CSP.
Por aqui se pode fazer a pesquisa directa do processo do utente
E por aqui a consulta do PCE do utente
Boas notícias