Página de facebook do SNS com repressão da liberdade de imprensa e expressão

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Liberdade de expressão é apanágio da natureza racional do indivíduo e é o direito de qualquer um manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade. É um conceito fundamental nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.

Liberdade de imprensa é a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de acesso a informação (usualmente na forma de notícia), através de meios de comunicação em massa, sem interferência do estado.Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação. Ao processo de repressão da liberdade de imprensa e expressão chamamos censura.

 

Estes dois direitos básicos têm sido violados na página de facebook do Serviço Nacional de Saúde!

Até novembro de 2017, a página de facebook do SNS, tal como todas as páginas de facebook, permitia a classificação do serviço que representava. Esta era a avaliação em novembro de 2017:

 

Inexplicavelmente, as classificações da página foram desativadas, tendo sido eliminados centenas de avaliações

 

Más avaliações por o Serviço Nacional de Saúde Português perpetuar injustiças salariais, nomeadamente em relação aos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica?

ou porque o investimento no SNS é insuficiente?

ou será porque 90% do orçamento do SNS  em meios complementares de diagnóstico é direcionado propositadamente para entidades privadas?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No passado dia 9 de Março, foi publicado nessa página de facebook do SNS, uma notícia da Visão que dava conta de médicos canadianos em protesto por se anunciarem aumentos para eles, esquecendo os restantes profissionais de saúde. Nos minutos que se seguiram ocorreram centenas interações (“gostos”, partilhas e mensagem), na maior parte positivas, mas, inexplicavelmente, quando começaram os comentários negativos a notícia foi apagada!

 

Notícia incómoda para as organizações que representam os médicos em Portugal?

Claramente não se revêm nesta postura solidária dos congéneres Canadianos!

 

Perguntamos: Foi isto (Os médicos são 14% dos funcionários do ministério e ganham 87% da massa salarial totalque levou a que fosse apagada a publicação? É esta notícia mentira ou feriu alguma susceptibilidade? Se sim, de quem? Dos visados ou dos restantes?

 

 

 

 

 

 

Para a APIMR esta situação é a todos os títulos lamentável, tanto para a democracia portuguesa como para uma das conquistas de Abril – Liberdade de expressão e opinião.

Somos da opinião que da discussão nasce a luz! Mesmo que os assuntos toquem temas e pessoas que se acham acima da crítica/opinião!

Estas ações parecem reforçar a ideia que na saúde existem intocáveis e os restantes são apenas subalternos. Mas, de uma vez por todas temos de dizer um rotundo: NÃO.

No SNS todos os profissionais têm o seu papel e a sua importância em equipas multidisciplinares. De uma vez por todas temos de nos libertar da ideia do antigo regime que há os que mandam e os que obedecem. Todos os profissionais têm o seu papel, e todos se devem respeitar. E por isso este acto de censura, fere o SNS e mina o seu funcionamento.

Sem opinião, sem feedback, sem escrutínio ficará tudo na mesma e os problemas se manterão e o SNS acabará por caminhar para a sua destruição.

Deixamos estas perguntas que gostávamos ver respondidas e para isso iremos recorrer às entidades competentes com os meios que tivermos à nossa disposição, esperando que o resultado final não seja novamente censura e resignação.

 

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