Nick Veasey: O Radiofotógrafo!

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O artista inglês Nick Veasey usa a tecnologia de raio-x para criar obras de arte incríveis. Ao longo dos seus mais de 20 anos de carreira, já radiografou mais de quatro mil objetos: flores, jogadores de futebol, despertadores, tratores, aviões, morcegos, etc.

Enquanto trabalhava como fotógrafo e designer para um programa de televisão inglês, foi encarregado de uma tarefa monótona, radiografar latas de refrigerante para determinar quais continham um código vencedor para um concurso patrocinado pela Pepsi. Após três dias sem um vencedor, ele radiografou os seus ténis como uma forma de entretenimento. Veasey lembra: “Foi uma ótima imagem e pensei ‘há algo novo nisto.’ Foi uma daquelas experiências que mudaram a minha vida. Eu simplesmente deixei tudo o que estava a fazer! “.

Depois disso, Veasey passou os próximos três meses a trabalhar com cientistas e técnicos de radiologia para aperfeiçoar a sua técnica. Ele aprendeu a medir a densidade e a estrutura do objeto, experimentando com uma variedade de materiais, incluindo plástico, flores, metais e pessoas.

Para realizar estas poderosas imagens, Veasey possui três equipamentos de raio-x e utiliza cassetes com filme radiográfico de 34×34 cm. Depois utiliza o photoshop para juntar as várias radiografias. Nalguns trabalhos, a imagem final é o resultado de mais de 200 radiografias. Quando radiografa veículos de grandes dimensões, utiliza um equipamento de raio-x de grandes dimensões, normalmente utilizado pelas alfândegas para radiografar veículos. Utiliza ainda equipamento de raio-x de uso militar (usado normalmente para detectar danos internos em tanques).

Retratar seres humanos, ao contrário do que se poderia esperar, é um dos processos mais complexos. A nitidez das imagens implica a exposição dos corpos a níveis altíssimos de radiação, motivo porque é comum a utilização de cadáveres que foram doados à ciência. Só nessas condições um corpo suportaria 12 minutos de exposição à radiação.

Armado com seu novo conhecimento, Veasey facilmente transformou sua nova visão artística num sucesso comercial. As suas imagens intrigantes conduziram a contratos com a Nike, Porsche, IBM, Bloomberg, e à aparição na revista Time.

Esta é a prova de que o nosso trabalho diário também é arte, todos sabemos a imaginação e a criatividade que são necessárias para conseguir “aquela imagem”!

 

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